Promoção da cultura negra pela educação contou com evento inaugural no último dia 10
[Créditos: Rogerio Bordignon - Jornal A Comarca (Matão) - 17/05/2014]
A abertura do ‘Curso de Extensão Cultura e História Africana e Afrobrasileira: promovendo a cultura negra via educação’ aconteceu no último dia 10, no auditório ‘Oscar Lúcio Baldan’, sede da Associação Comercial e Empresarial (ACE-Matão). Na ocasião, houve apresentação da cantora e atriz Célia Nascimento, que interpretou músicas de Clara Nunes, homenageada daquela noite. O jurista Luiz Gama e seus feitos também foram lembrados.
A mesa diretora foi composta pela professora doutora Valquíria Pereira Tenório (diretora do Immes), João Bento (Cucão, membro do Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra), doutora Maria Aparecida Pinto (diretora consultiva do Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial, representando a secretária estadual de Justiça, doutora Eloísa Arruda), Benedita Aparecida Pinto (assessora de Gênero e Etnia da Secretaria Estadual da Cultura).
Também integraram a mesa diretora, Sergio Floriano (presidente da ACE-Matão), mãe Gê, o prefeito Chico Dumont e Agnaldo Navarro (presidente da Câmara Municipal de Matão). Todos os integrantes da mesa se pronunciaram durante a abertura, com destaque para a primorosa palestra da doutora Maria Aparecida Pinto. O evento também homenageou uma ilustre matonense, Fátima Aparecida Inácio de Carvalho com mimos.
“Agradecemos a Beraldo Perfumaria, Confecções Elite, Predilecta, Conselho Estadual da Comunidade Negra, Espaço Matão Comunicações, ACE-Matão, Câmara Municipal de Matão, Sérgio Automóveis e ao professor Moacir Matturro. Muito obrigado a todas as pessoas que de uma forma ou de outra compartilharam conosco este grande momento”, registra Cucão.
O CURSO
Em 2011, o Immes realizou o curso ‘Cultura, memória e luta dos quilombos em São Paulo’; e em 2012, o Projeto ‘Afroliteratura Paulista’, ambos com patrocínio do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (Proac) e com apoio da Secretaria Municipal de Educação de Matão, focando na formação de professores. O ‘Afroliteratura Paulista’ foi ainda mais longe, com a contação de histórias para crianças de 4 a 6 anos em sete lugares em Matão, durante seis meses.
Realizado pelo Immes e pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (Proac), o atual curso conta com apoio da Secretaria de Estado da Educação, Rede de Reflexão e Ação Etnicorracial (RAEE), Prefeitura de Matão e ACE-Matão. “Toda a equipe de professores e coordenadores do Curso de Extensão – iniciado no último dia 12 - é formada por excelentes pesquisadores e professores na área da temática étnico-racial”, cita Valquíria.
Integram o curso os professores doutores Adriana Bogado, Douglas Verrangia, Elisângela Santos; e os professores mestres Luana Antunes, Edilene Pereira, Diego da Costa Vitorino, Fabiano Maranhão e Maria Fernanda Luiz. Além das oito aulas presenciais, haverá vídeos conferências com os professores doutores: George Reid Andrews (Universidade de Pittsburgh, EUA), Stephen Bocskay (Universidade de Harvard, EUA), Wilson Rogério Penteado (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) e Nico Bolama (diretor do Centro de Ensino Pesquisa e Inovação, Cenpi).
“O curso atual, foi endereçado ao Proac para participar da seleção do Edital Promoção das Culturas Negras. Foram 104 projetos inscritos e somente 10 selecionados. Ficamos extremamente felizes com sua aprovação e por conseguimos recursos para a continuidade de nosso trabalho. Recebemos cerca de 150 inscrições de diversas cidades do Estado e até mesmo de outros Estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo, pessoas interessadas de Alagoas, Bahia”, comenta Valquíria.
“Contamos com o apoio da Secretaria Estadual de Educação na divulgação do curso em 91 diretorias de Ensino de São Paulo, o que nos fez receber inscrições de São Paulo (Capital), Guarulhos, Limeira, Campinas, Ribeirão Preto, Piracicaba, Monte Alto, Jaboticabal, Taquaritinga, Araraquara, São Carlos, Guariba, Ibaté, entre outras cidades. Também tivemos a divulgação nacional do curso no facebook da Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir) e outras páginas que deram uma excelente visibilidade para ele”, continua ela.
“Infelizmente, a quantidade de vagas prevista é pouca para atender a todos. Tínhamos 50 vagas e, devido à demanda, abrimos mais 10 vagas. Por essa razão, a noite de Abertura foi uma maneira de compartilhar um pouco das discussões que o curso traz para uma maior quantidade de pessoas e fazer com que todos possam ter contato com a temática do curso”, resume Valquíria, responsável pela coordenação geral do curso, que tem os professores doutores Vera Rodrigues e Evaldo Ribeiro Oliveira como coordenadores pedagógicos. O blog do projeto pode ser acessado pelo www.rrae.com.br
